quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

RIGOBERTA MENCHU: DE CAMPESINA INDÍGENA A PREMIO NOBEL DA PAZ



Rigoberta Menchú, nasceu em 9 de janeiro de 1959 em Chimel, Ustapan, Guatemala. 
Militantes dos direitos humanos na Guatemala, Rigoberta nasceu em uma numerosa família campesina da etnia indígena maya-quiché. Sua infância e juventude foram marcadas pelo sofrimento da pobreza, da discriminação racial e a violenta repressão com que as classes dominantes guatemaltecas tratavam de conter as aspirações de justiça social do campesinado. 
Vários membros de sua família, inclusive sua mãe, foram torturados e assassinados pelos militares ou pela polícia paralela dos "esquadrões da morte", seu pai morreu com um grupo de campesinos que se alojaram na Embaixada da Espanha em um ato de protesto, quando a polícia incendiou o local queimando vivos os que estavam lá dentro (1980).
Enquanto seus irmãos optaram por se juntar à luta armada, Rigoberta iniciou uma campanha pacífica de denúncia ao regime guatemalteco e da sistemática violação dos direitos humanos de que eram objeto dos os campesinos indígenas, sem outra ideologia que o cristianismo revolucionário da "Teologia da Libertação"; ela mesma personificava o sofrimento de seu povo com notável dignidade e inteligência, acrescentando a dimensão de denunciar a situação mulher indígena na América Latina.

Para escapar da repressão, se exilou no México, onde publicou sua autobiografia em 1983; percorreu o mundo com sua mensagem e conseguiu ser escutada nas Nações Unidas. Em 1998 regressou à Guatemala, protegida por seu prestígio internacional para continuar denunciando as injustiças.
Em 1992 o trabalho de Rigoberta foi reconhecida com o Prêmio Nobel da Paz.

Nota da blogueira: Certa feita, conheci um tenente da PMES, Orlando Nascimento, hoje coronel da reserva, que foi na missão da ONU para proteger a vida de Rigoberta, onde ficou por dois anos. Esse me relatou que eles, acompanhando-a, (mesmo depois de ganhar o prêmio necessitava de segurança internacional) em suas visitas às comunidades indígenas mais remotas da Guatemala, ela continuava a ouvir as vozes dos excluídos e denunciando as violações dos direitos humanos e que Rigoberta mudou sua vida para sempre. Que ele se tornou outra pessoa depois dessa convivência de dois anos.


Dica da matéria Joilce Gomes Santana, Membro Individual da Fédération Internationale des Femmes des Carrières Juridiques (FIFCJ).




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