Stephen
King escreveu cerca de 50 romances e vendeu mais de 300 milhões de exemplares.
O autor de Carrie, a
estranha (1973) e O
Iluminado (1979) -- o livro que Stanley Kubrick e Jack Nicholson
converteram num filme memorável -- é certamente o escritor vivo mais popular do
mundo. Símbolo e metáfora da cultura pop norte-americana e encarnação democrata
do sonho americano, King é, entretanto, um cara absolutamente humilde, um
histriônico terno e simpático que tende a minimizar seu talento de escritor e
que tira sarro de si mesmo sem parar, num exercício que às vezes parece
saudável e outras parece beirar o masoquismo.
Acaba
de passar por Paris pela terceira vez na vida para promover seu último
romance, Doctor Sleep (previsto
para sair no Brasil pela editora Suma de Letras), que é uma espécie de
continuação ou pedaço separado de O
Iluminado. Hospedado no luxuoso Hotel Bristol, ele passeou pela
cidade, deu uma entrevista coletiva massiva, fez milhares de leitores rirem no
imenso teatro Rex, onde acabava de tocar Bob Dylan, e não parou de autografar
livros e de fazer amigos contando anedotas e rindo de sua própria sombra. O
autor de Angústia (Misery,1987) contou que
levava 35 anos se perguntando o que teria acontecido com o protagonista
de Doctor Sleep,
nada menos que Danny Torrance, o menino que lia os pensamentos alheios e que
sobrevivia a duras penas aos ataques violentos de seu pai alcoólatra e
abusador, Jack Torrence, naquele hotel triste, solitário e fim de linha onde
transcorria O
Iluminado.
Danny
tem agora quase 40 anos, bebe como o pai, frequenta as sessões dos Alcoólicos
Anônimos e cuida de anciãos que estão à beira da morte. Daí o título do romance
que é um compêndio do potente universo de King: há vampiros que comem crianças
para se alimentar, gente com poderes paranormais, tiroteios, rituais satânicos
e sessões de telepatia intensiva. Não se passa um medo mortal como em O Iluminado, mas é um
romance de ação muito legível.
Num
excelente artigo publicado em The
New Yorker, Jushua Rothman explicou que King é o principal canal
por onde fluem todos os subgêneros da metade do século XX: ficção científica,
terror, fantasia, ficção histórica, livros de super-heróis, fábulas
pós-apocalípticas, faroeste, que logo ele transfere a seu pequeno reduto de
Maine, o remoto Estado do nordeste dos EUA onde vive, povoado por 1,2 milhão de
pessoas.
A prova
da sua influência na cultura norte-americana são o cinema e a televisão, que
continuam disputando suas histórias. Embora aos 65 anos continue insistindo em
que o que escreve não vale grande coisa, quatro décadas de ofício e uma legião
de leitores no mundo todo acabaram convencendo uma parte da crítica e alguns
companheiros de profissão de que a sua literatura, pensada para entreter a
América rural pobre, tem mais interesse, sentido e qualidade do que ele mesmo
crê.
Em
2003, King ganhou a Medalha da Fundação Nacional do Livro por sua contribuição
às letras americanas, um ano depois de Philip Roth tê-la ganho. Naquele dia, o
escritor Walter Mosley destacou "seu entendimento quase instintivo dos
medos que formam a psique da classe trabalhadora norte-americana". E
acrescentou: "Ele conhece o medo, e não só o medo das forças diabólicas,
como o medo da solidão e da pobreza, da fome e do desconhecido.
Mas,
acima de tudo, King é uma grande figura. Filho de mãe solteira e pobre, mede
quase dois metros, é desajeitado e muito magro, tem uma cara enorme, fala pelos
cotovelos, não para de dizer palavrões, tomou toneladas de "cerveja,
cocaína e xarope para a tosse", toca guitarra numa banca de rock de
amigos, tem uma mulher católica "cheia de irmãos", três filhos,
quatro netos, uma conta cheia de zeros, pediu ao governo que lhe cobre mais
impostos do que os que paga, adora Obama, odeia o Tea Party, faz campanha
contra as armas de fogo e, como entrevistado, é uma mina de ouro: raras vezes
se esquece de dar alguma manchete como resposta.
Então o
senhor não gosta de vir para a Europa?
Vim uma
vez a Paris com minha mulher em 1991, e outra a Veneza e a Viena, em 1998, com
o meu filho; dessa vez passamos uma noite em Paris, mas fomos ver um filme de
David Cronenberg. Na Europa, passo vergonha: não falo outra língua que não seja
inglês, e não gosto de ir dando uma de celebridade. Prefiro a discrição. Eu
vivo em Maine, uma cidade pequena onde sou só um a mais. Quando venho a Paris
sou a novidade, ninguém nunca me viu, lá eles me veem desde sempre, não ligam,
sou o vizinho.
E por que
tende a se subvalorizar?
O
contrário disso seria me chamar O Grande, que seria a mesma coisa que me chamar
de O Grande Babaca. Não quero ser isso. Quero ser tratado como uma pessoa
normal. Os escritores temos que olhar a sociedade, não o contrário. Se os meus
editores me dizem para vir a Paris é porque querem vender livros. Nas feiras
dos EUA trabalham moças como chamariz: se colocam nas portas dos locais de
strip-tease e mexem um pouco a bunda para atrair os clientes. Aqui sou eu que
mexo a bunda. Em casa, estou no meu lugar, na cadeira certa, escrevendo. É lá
onde devo estar.
O que
sente ao ter vendido 300 milhões de livros?
O
importante é saber que o jantar está pago, o número de cópias que você vende dá
na mesma, desde que sejam suficientes para continuar escrevendo. Adoro esse trabalho.
Não
sente orgulho?
Não sei
se é orgulho, mas me faz feliz saber que o meu trabalho conecta com as pessoas.
Cresci para contar histórias e entreter. Nesse sentido, acho que fui um
sucesso. Mas no dia a dia é minha mulher dizendo: "Steve, desça o lixo e
ligue a máquina de lavar louça".
Sente-se
maltratado pela crítica?
No
começo da minha carreira vendia tantos livros que os críticos diziam: "Se
isso agrada a tanta gente, não pode ser bom". Mas comecei jovem e consegui
sobreviver a quase todos eles. Muitos críticos sabem que levo anos tentando
demonstrar que sou um escritor popular, mas sério. Às vezes é verdade que o que
vende muito é muito ruim, por exemplo, 50
tons de cinza é um lixo, pornografia para mamães. Mas A sombra do vento, de
Ruiz Zafón, é bom, e Umberto Eco foi muito popular e é estupendo. A
popularidade nem sempre significa que uma coisa é ruim. Quando leio uma crítica
muito negativa, fico quieto para que o crítico não saiba que estou
choramingando. Mas eu sempre as leio porque quero aprender, e quando uma
crítica está bem feita, te ajuda a saber o que você fez mal. Se todos dizem que
uma coisa não funciona, você pode acreditar neles. Em todo caso, a melhor
réplica a uma crítica foi feita por um músico do século XIX cuja ópera foi
demolida por eles. Ele escreveu uma carta ao crítico dizendo: "Estou no
menor cômodo da minha casa. Tenho a sua crítica na frente e muito em breve a
terei por trás."
Quando
decidiu ser escritor?
Sabia o
que faria aos doze anos. Escrever nunca foi um trabalho. Levo 54 anos fazendo
isso e ainda não posso acreditar que continuem me pagando. De fato, não posso
acreditar que nos paguem a nós dois por estar fazendo isso!
Eu
tampouco. É verdade que teve uma infância um pouco "Oliver Twist"?
Nem
tanto. Meu pai foi embora de casa quando eu tinha dois anos e a minha mãe
trabalhou muito duro para criar a mim e ao meu irmão. O que mais lamento é que
ela tenha morrido de câncer antes de eu fazer sucesso. Eu teria gostado de
tratá-la como uma rainha! Meu primeiro romance, Carrie, a estranha foi
publicado em abril de 1974 e ela morreu em fevereiro. Ao menos recebi o
adiantamento e isso serviu para cuidar bem dela. Ela chegou a lê-lo e lhe
agradou, disse que era maravilhoso e que teria faria muito sucesso.
Herdou
dela a imaginação?
Não, o
senso de humor. A fantasia e a escrita, herdei do meu pai. Ele costumava mandar
relatos às revistas ilustradas nos anos trinta e quarenta, embora nunca os
tenham publicado. Adorava a fantasia, a ficção científica, as histórias de
terror. De pequeno, encontrei em casa uma caixa cheia de livros de Lovecraft,
de Clark Ashton Smith; foi como uma mensagem sua cheia de coisas boas.
Como é
a sua relação com o dinheiro?
Nunca
aprendi a ser rico, não dão aulas disso e não cresci com dinheiro. Quando
pequeno costumava pedir 25 centavos para ir ao cinema ou trabalhar colhendo
batatas. Nunca pensei que teria muito dinheiro. Minha mãe passou seus últimos
dez anos cuidando dos seus pais e em casa nunca houve liquidez. Nesses casos,
se, de repente, você põe a mão numa fortuna, pode se tornar vulgar e comprar um
enorme Cadillac, paletós de três peças feitos sob medida e sapatos caros. Mas
eu cresci numa comunidade ianque onde a ostentação não é bem vista. Depois me
casei com uma mulher muito apegada à terra que teria rido muito se eu tivesse
voltado para casa com um casaco de pelo de camelo. Ela teria dito: "Quem
você acha que é? Mohamed Ali?". Apesar de que eu me venderia como uma puta
por sapatos ou por carros, só tenho um carro elétrico. Vivemos modestamente e
damos dinheiro às livrarias das cidades pequenas, à Unicef, à Cruz Vermelha.
Seguimos o lema de J.P.Morgan: o homem que morre milionário morre fracassado. O
dinheiro serve para pagar as contas, fazer teu trabalho, ajudar à minha família
e ao meu sogro.
Ou
seja, você é um self-made man com
consciência social,que pede para pagar mais impostos do que os que já paga.
Todo
mundo deveria pagar impostos de acordo com sua renda. Eu gosto de pagá-los só
para boas causas, e não para custear guerras no Iraque, que foi a mais estúpida
do mundo. Nesse sentido, encarno o sonho americano, embora sem Cadillac.
Também
faz campanhas contra a venda livre de armas. Uma causa perdida?
O
problema não são as espingardas de caça. 70% dos EUA é rural, e não vejo
problema em que as pessoas cacem cervos e os comam. Ter revólveres em casa
também não me parece ruim, eu mesmo tenho um, descarregado e longe do alcance
das crianças. O grande problema, o que me deixa fora de mim, são as armas
semiautomáticas. Dão 40, 60 ou 80 tiros seguidos, como a que se usou na matança
de Connecticut. É vergonhoso que se vendam, mas o lobby da Associação Nacional
do Rifle trabalha para os fabricantes de armas e se baseia na fantasia de que
os EUA são como há 50 ou 60 anos. Dizem que as mortes de crianças são o preço a
se pagar pela segurança. A cultura pistoleira forma parte da cultura americana,
mas odeio isso, me dá nojo. Depois perguntam por que nunca venho à França ou à
Alemanha: porque são civilizados e eu sinto vergonha de ser norte-americano.
Amo o meu país, mas ele está cheio de lixo.
Quem
ganhará a guerra entre Obama e o Tea Party?
Os do
Tea Party são uns idiotas e uns racistas que atacam Obama basicamente porque
tem a pele escura. Quando Bush arruinou o mundo inteiro em 2008 com suas ideias
ultraliberais, não disseram nada. Agora esse alienígena cresceu dentro do
Partido Republicano e não vai parar até destruí-lo, o que não me parece ruim.
Sua única ideia é paralisar o governo, sem se dar conta de que a situação
econômica está muito melhor do que com Bush. São como uma obstrução intestinal.
Espero que em 2014 os americanos decidam dar esses 30 assentos a 30 democratas.
Tudo melhorará. Em todo caso, se estão incomodados com Obama, pior vão ficar em
alguns anos: o próximo presidente usará saias.
Falemos
de Danny Torrance, o menino de O
Iluminado, que agora volta com Doctor
Sleep.
No fim
de O Iluminado,
em 1977, Danny tinha quatro ou cinco anos, porque escrevi o romance em 1976,
durante o bicentenário, quando Ford era presidente. No início do Doctor Sleep ele
tem oito anos. Durante 33 anos, esse menino esteve na minha cabeça. Eu me
perguntava o que teria acontecido com ele, se continuaria ou não mantendo esse
talento, a iluminação de ler os pensamentos das pessoas. Cresceu numa família
terrível. Sua mãe, muito ferida, sobreviveu por milagre à surra da mesa da sala
de jantar, e o pai, Jack, era alcoólico, como eu... Sabia que Danny devia
continuar com raiva do mundo, porque seu pai era um canalha que abusava deles.
A raiva é o centro do livro, entre Jack e Danny há uma geração marcada pela
raiva.
O
senhor bebia muito na época?
Quando
escrevi o livro, muitíssimo. Sabe como é, os escritores temos que falar daquilo
que conhecemos.
O que
bebia?
Bebia
muita cerveja. Isso não é tão forte... Mas é que eu tomava uma caixa por dia,
24 ou 25 latas...
Com
outras substâncias?
Não
nesse momento. Depois sim, tomei tudo o que se possa imaginar. Cocaína, Valium,
Xanax, água sanitária, xarope para tosse... Digamos que eu era um
multitoxicômano. O ruim é que na época não havia programas de ajuda, e fiz de
Jack um alcoólico pior do que eu. Ele tentava curar a dependência da maneira
mais dura e era pior. Agora tentei equilibrar isso em Doctor Sleep pensando
no que teria acontecido se Jack tivesse tido ajuda. Então meti Danny nos
Alcoólicos Anônimos.
Aquele
romance fez com que o rotulassem como um narrador de histórias de terror. Isso
o incomodou?
As
pessoas, sobretudo os críticos e os editores, adoram os rótulos, gostam de
meter os autores em jaulas, colocá-los numa pasta. Para os editores é como
vender comida: esse escritor lhes dará vagem; esse, terror; esse, chocolate.
Não acho isso ruim. Quando Carrie,
a estranhafoi publicado, já tinha outros dois romances escritos, e
perguntei ao editor em Nova York qual preferia, um mais literário, de um
sequestro, ou outro de terror, Salem.
E ele me disse: "O segundo será um best
seller, mas se lançamos o de terror, vão te rotular". E eu lhe
disse: "Se pagar a conta do supermercado, eu estou pouco me lixando. A
minha mulher me chama de querido; meus filhos de pai; meus netos de vovozinho,
e eu me chamo Steve. Pouco me importa como me chamem os demais".
Pensou
em que lugar da literatura norte-americana ficará Stephen King?
É
difícil de saber. Não sei se há vida depois, embora não creia nisso. Mas se
ficasse algo semelhante à consciência, a última coisa com que eu me preocuparia
seria em saber se a próxima geração me lê ou não. Dito isso, quando os
escritores morrem, ou seus livros continuam sendo publicados ou desaparecem. A
maioria desaparece. Ficam só alguns e esses são os importantes: Faulkner,
Hemingway, Scott Fitzgerald, esquecido quando morreu e resgatado mais tarde.
Em
espanhol, Cervantes, García Márquez, Roberto Bolaño, esses ficarão. Bolaño
sabia tomar drogas e beber. Mas também acontece de ficarem as pessoas mais
estranhas: de Stanley Gardner, o autor de Perry Mason, ficou muito pouco; mas
não ficou nada de John D. McDonald, que era estupendo. E simplesmente nada de
John M.Cain, mas sim de Jim Thompson. E, mais estranho ainda, permanece Agatha
Christie... Ou seja, a gente nunca sabe quem vai perdurar. Acho que os
escritores de fantasia têm mais chance de permanecer. E acho que, dos meus
livros, resistirão Salem (Salems' lot), O Iluminado, A Coisa e talvezA dança da morte .
Mas não Carrie, a
estranha. E talvez tambémAngústia.
Esses são os imprescindíveis para quem os leu, mas não tenho nenhuma certeza de
que as pessoas continuem pensando no meu trabalho quando eu morrer. Quem sabe.
Somerset Maugham foi muito popular no seu tempo. Agora ninguém o lê. Escreveu
grandes romances. Alguém lhe perguntou por seu legado e disse: "Estarei na
primeira fila do segundo time". Dirão isso de mim.
Viu
como prefere militar na segunda divisão?
Quando
você está dentro do negócio, sabe bem qual é o teu nível de talento. Quando
você lê um escritor bom, pensa: "Se eu pudesse escrever assim", você
nota muito a diferença entre o que você faz e o que escreve gente como Philip
Roth, Cormac McCarthy, Jonathan Franzen ou Anne Tyler. Há muitos muito bons.
O
senhor continua lendo muito?
Tanto
quanto posso, diariamente, embora assista muita televisão. E escrevo todos os
dias, acabo de escrever uma coisa sobre Kennedy para The New York Times. Esse
ofício é uma paixão. Mais que viver dele, gosto de praticá-lo. Preferiria estar
escrevendo agora em vez de estar aqui.
Já
acabamos.
Não,
você é um cara ótimo, é que as ideias me vêm sem querer. Esta manhã estávamos
no carro, paramos ao lado de um ônibus onde havia uma mulher sentada e eu
pensei: "E se agora subisse um cara e lhe cortasse o pescoço? Será um
conto curto, embora isso nunca se saiba;Carrie,
a estranha ia ser um relato também e acabou virando um
romance. O importante é essa pergunta: "o que aconteceria se...? Esse é o
melhor motor das minhas histórias.
E
depois acabam no cinema ou na televisão.
Sim,
muita gente vai ao cinema no mundo e isso ajuda a te fazer popular. Mas no fim
dá tudo na mesma, porque um dia você se encontra com gente pela rua que te
reconhece e te diz: "Você é Stephen King? Cara, eu adoro os teus
filmes". Outro dia, num supermercado da Flórida, uma mulher me parou e
brigou comigo porque escrevo coisas aterrorizantes. Ela disse:
"Prefiro The
Shawshank Redemption (conto que inspirou o filme Um sonho de liberdade).
E eu: "Fui eu que escrevi ". E ela: "Não é verdade, de jeito
nenhum". E se foi.
O livro
eletrônico lhe ajudou a vender mais? O que acha da Amazon?
Amazon
e o livro eletrônico são fantásticos para os escritores. Se antes um editor
dizia não, era não. Agora, você pode editar seu livro e vendê-lo. Para os que
estamos nisso há tempos, é um mercado a mais. Antes havia capa dura, capa mole
e áudio. Agora há também livros digitais, que são maravilhosos. Tudo isso é
formidável para os fornecedores do material, que somos nós: sempre vão
continuar precisando de histórias. É um problema para os editores, que sempre
foram os guardiões da qualidade, mas muitos descobrem novos talentos na rede. E
para os leitores é ambivalente: sem livrarias, 90% do que inunda a Amazon é
lixo. Como 50 tons de
cinza. É inacreditável vender isso como ficção!
Parabéns Ana, a luta é grande e precisa mesmo de muito espaço para os debates. Avante companheira, sucesso.
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